Semana passada fomos assaltadas, eu e uma colega de trabalho. Fomos assaltadas exatamente quando saíamos do trabalho, às 6h da tarde numa comercial movimentada da Asa Norte. Fomos assaltadas por um cara baixinho, com uma camiseta do flamengo (que jogaria naquele dia mesmo), que estava apavorado com o fato de estar com uma arma na mão. Cientes de que os desesperados são os que mais fazem besteira, são os que não exitam em atirar -não por serem destemidos e coisa e tal, mas por puro medo- entregamos o que ele pedira, só os celulares. Roubar celulares numa época em que eles são dados de graça!
Aquele cara tava com um medo enorme. Medo da arma. Medo talvez do que estava fazendo, mas era medo principalmente de estar com uma arma.
Aí tá: com certeza a arma não era dele, e quase-certeza que era uma das primeiras vezes -se não a primeira- que ele pegava em uma para assaltar.
Dizem que se tivesse sido proibido, o comércio de armas e munição não diminuiriam os assaltos ou mortes. Eu acredito que sim. Acredito que, pelo menos os assaltantes de primeira viagem, os medrosos e os aventureiros não teriam a oportunidade de cair nessa, ou pelo menos seria mais um fator a por-lhes medo, e evitar que aumentassem a besteira que já anda por aí.
E eu continuo sem celular.
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