segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

The Silver Surfer

Antes de mais nada quero avisar aos senhores que eu, que normalmente não entendo nada de nada, entendo menos ainda de quadrinhos. Mas conversando com um colega essa semana, percebi que não estou só no ramo do “amante desinformado”, e que é até bacana conversar com quem sabe tão pouco quanto a gente, porque enquanto se googla a informação (que ele não me leia...), vai se fixando coisas que normalmente demoraria um tempo mais pra se reter no cérebro.
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O lance é que, fora os Groo da infância, a Turma da Mônica, e umas tiras do Quino, Laerte, Angeli, Glauco, Dik Browne, Bill Watterson, Henfil e Schulz da vida, eu até hoje não consegui passar de meia dúzia de X-Men, uns Batman, algumas coisas do Milo Manara e volta e meia um Alan Moore ou um Frank Miller.
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Mas no ano de 2007 me aparecem algumas histórias do Sin City, aí eu engatei no V for Vendetta e fui catando umas graphic novels por aí e por acaso fomos parar –eu, Zélia e Marcos - no Festival Jodorowsky do CCBB.

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Touchè! Acabei percebendo que a minha ignorância no assunto é maior do que eu pensava, e quiçá infinita.
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Mas uma luta não travada é uma luta perdida! E em meu socorro eis que surgem Marcos Lima e seu super O Surfista Prateado, do Stan Lee. Arte, quadrinho, filosofia e cérebro em 40 e poucas páginas.

And here we go ;-)
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Em tempo:
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Música: 16 toneladas, a original e com o Funk Como Le Gusta .

sábado, 5 de janeiro de 2008

Cantoria 1 e 2

"Só é cantador quem traz no peito o cheiro e
a cor de sua terra, a marca de sangue de seus mortos e a certeza de luta de seus
vivos..."
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Cresci ouvindo Geraldo Azevedo e Elomar, e com esses discos a admiração por eles só cresceu. O mesmo se pode falar de Xangai e Vital Farias (que me fez conhecer, por engano, Vital Lima -belenense parceiro de Nilson Chaves).


Gravados em 1984 (Cantoria 1) e 1986 (Cantoria 2), esses dois discos são o que há de melhor da viola nas vozes dos mais expressivos cantadores do país. E tudo regado a pinga com mel ;-)


Detalhe especial para a voz de uma criatura que canta divinamente, o músico goiano Francisco Aafa (Arrumação -faixa 06, Cantoria 2).


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e




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Pra quem quer mais, tem o orkut.


2007 Revisitado

1° filme do ano (04/01/2007): Ganga Zumba (Cacá Diegues, 1963)

Com Cartola e Dona Zica no elenco :o

Como de praxe, eu e D. Zélia no cinema logo no início do ano =P

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1ª música do ano:

Geralmente não dá pra lembrar qual a primeira música ouvida no ano, e pode parecer meio sandice querer lembrar. Mas com 43 minutos e meio marromeno, Thick as a Brick (do Jethro Tull) é quase um trauma =P
Talvez antes eu nunca a tenha escutado inteira, de uma só vez (I’m a bad dream that I juuuust haaaaave todaaaay). Vale lembrar que o feito que foi repetido algumas vezes ao longo do ano.

Gravada em 1971 ou 1972, a letra é baseado num poema escrito por um garoto fake, o Little Milton. A capa do disco –um tablóide com 12 páginas- foi totalmente desconfigurada pra virar CD, e eu ainda sonho em encontrar o LP numa loja de discos por aí...

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1ª lista do ano

Quem foi criado à base de Literatura, Música, Cinema e Baré sabor tutti-frutti nunca se furta a listas... e nunca foge ao clichê! Não literalmente a primeira feita, mas a mais antiga documentada e datada de 2007 foi a seguinte:

Pares Perfeitos:

queijo & goiabada

livro & café

café & leite

pão & manteiga

cássia eller & nando reis

lennon & mccartney

tom & vinícius

marx & engels

rede & violão

chuva & sono

filme & vinho

che & fidel

simone & sartre

marcelo camelo & rodrigo amarante

joão & maria

all star & calça jeans

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Melhor site:

Que orkut que nada... melhor do ano mesmo foi o André Dhamer e suas malvadezas.

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Aquisições do ano:

Uma gaita. Já já cês vão ver meu nome na agenda cultura da cidade =P

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Melhor show:

Satolep Sambatown foi o melhor disco inédito de 2007, o que valeu três shows (no último tivemos a honra de ver o bis boicotado pelos próprios organizadores do evento) e noites virando a net atrás do disco... Mais uma prova da genialiadade lírica (Vitor Ramil) e técnica (Marcos Suzano) dos músicos.

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Melhor disco não-inédito:

Layla and Other Assorted Love Songs, do Derek and the Dominoes (1970). Sempre, sempre e sempre o melhor –e talvez menos conhecido- disco de blues rock de todos! Foi nesse disco que Layla foi lançada, numa versão de estúdio infinitamente superior à versão acústica que fez sucesso.

Chamando a atenção para ‘Bell Bottom Blues’ (a melhor música de coração partido, ou de dor-de-cotovelo, do mundo), ‘Key to the Highway’ (virtuosismo acima de tudo!), ‘Layla’ (feita para a ex-senhora Harrison e ex-senhora Clapton) e a versão do Derek para ‘Little Wing’, do Jimi Hendrix.

;-)

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Melhores filmes reassistidos:

Quando - e se – eu morrer quero passar a eternidade assistindo:

EL LABERINTO DEL FAUNO (GUILLERMO DEL TORO)

Umberto D (Vittorio de Sica)

Arroz Amargo (de Santis)

Morangos Silvestres (Bergman)

Cinema Paradiso (Tornatore)

The Blues Brothers (os dois- John Landis)

A Batalha de Argel (Pontecorvo)

Stranger Than Fiction (Marc Forster)

Acossado (Godard)

O Fantástico Mundo de Jack (Tim Burton)

Secretária (Steven Shainberg)

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Outros melhores:

Shaun of the
Death (Edgar Wright)

Histórias da Revolução (Gutierrez
Alea)

Nina (Heitor Dhalia)

Scoop (Woody Allen)

Sobre Meninos e Lobos (Clint
Eastwood)

Os
Infiltrados (Scorcese)

Paris, Je
T’aime (
aqui)

Good
Night, and Good

Luck
(George Clooney)

Desventuras em Série (Brad
Silberling
)

Brilho
Eterno de uma Mente sem Lembranças
(Michel
Gondry)

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Piores peças de teatro...

...ou: Como Jogar R$ 7,50 Fora Fácil, Fácil.

Hedda Gabler

As Gaivotas

Os Demônios

Quartett

Tirando por base de que eu devo ter ido quatro ou cinco vezes ao teatro este ano...

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Sexta à noite, um amigo, cinema e...

... 230 minutos de filme:

A Pedra do Reino (baseado no livro de Ariano Suassuna), de Luiz Fernando Carvalho.

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Autor do Ano:

Pierre Bourdieu. Eu sou uma mera seguidora.

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Autoras do Ano:

Clarice e seu impossible-to-read Perto do Coração Selvagem, e Sylvia Plath, a descoberta.


Último filme do ano (31/12/2007):

Melissa P. (Luca Guadagnino). Dicussões sobre o que é pornográfico e o que é erótico. Parafilias e pornofílicos. Vinho, batata frita e uma ótima companhia.


terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Little did he know...


O primeiro filme desse ano (01/01/2008), um “vale a pena ver de novo” do ano passado, foi uma gostosa surpresa. Stranger Than Fiction é um daqueles filmes que você vai assistir no cinema sem saber o que é e do que se trata e acaba se apaixonando. E também uma ótima forma de passar a tarde do dia primeiro de janeiro naquela preguicinha de ano novo.
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Pra quem gosta de diálogos inteligentes e comédia decente ;-)
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Mais Estranho que a Ficção (Stranger Than Fiction. EUA, 2006)
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Direção: Marc Forster (que dirigiu também Em Busca da Terra do Nunca, aquele com o Jhonny Deep).
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Elenco: Will Ferrell, sempre excelente;
Maggie Gyllenhaal (a secretária maso de Secretary);
Queen Latifah;
Emma Thompson e
Dustin Hoffman.
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113 minutos. Drama/ Comédia
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Em tempo:
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Ouvindo: Bob Dylan (o primeirão, de 1962)
(Re)ouvindo: Ventura, Los Hermanos (2003)