domingo, 25 de janeiro de 2009

Adultos [ Vladímir Maiakóvski]

Os adultos fazem negócios.
Têm rublos nos bolsos.
Quer amor? Pois não!
Ei-lo por cem rublos!
E eu, sem casa e sem teto,
com as mãos metidas nos bolsos rasgados,
vagava assombrado.
À noite
vestis os melhores trajes
e ides descansar sobre viúvas ou casadas.
A mim
Moscou me sufocava de abraços
com seus infinitos anéis de praças.
Nos corações, nos relógios
bate o pêndulo dos amantes.
Como se exaltam as duplas no leito do amor!
Eu, que sou a Praça da Paixão, *
surpreendo o pulsar selvagem
do coração das capitais.
Desabotoado, o coração quase de fora,
abria-me ao sol e aos jatos de água.
Entrai com vossas paixões!
Galgai-me com vossos amores!
Doravante não sou mais dono de meu coração!
Nos demais - eu sei,
qualquer um o sabe -
O coração tem domicílio
no peito.
Comigo
a anatomia ficou louca.
Sou todo coração -
em todas as partes palpita.
Oh! Quantas são as primaveras
em vinte anos acesas nesta fornalha!
Uma tal carga
acumulada
torna-se simplesmente insuportável.
Insuportável
não para o verso
de veras.

sábado, 24 de janeiro de 2009

festas x(

Vou dar três motivos pelos quais eu não gosto de festas...

Primeiro: nunca vão estar lá as pessoas que você quer que estejam
Segundo: um desmembramento do primeiro: as chances de ver exatamente quem não quer ver são imensas e proporcionais as de que a maioria dos convidados seja composta por gente chata
Terceiro: a música. Nunca, em nenhuma ocasião ou hipótese, a música vai me agradar (é claro, tenho que pensar em mim. pouco me importa se os outros gostam ou não de Cher).

Claro que faltou dizer que não suporto gente bêbada, gente atirada, gente efusiva, parentes, gente que finge que te ama e gente que resolve colar em você pra contar aquelas coisas que ninguém quer saber.

Na verdade, não sei o que se faz em festas. A música não é a que você gosta, ou pelo menos não é a que você quer escutar aquela hora. Você não sabe dançar (tá,e u falo por mim) e não tá a fim de aprender. Pra mim, tudo não passa de uma desculpa pra panelinhas: você vai com quem quer, fica a festa toda conversando só com os que te interessam (ou que te chateiam menos) e sai com quem chegou. Fim.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As três Irmãs, Checov

"Depois de nós, os homens viajarão de balão; as roupas terão mudado de forma. descobrirão, talvez, um sexto sentido e o desenvolverão, mas a vida continuará a mesma, uma vida difícil, plena de istérios e feliz. Daqui a mil anos o homem suspirará como hoje: 'Ah! Como a vida é dura!'. Mas, da mesma maneira de hoje, terá medo e não quererá morrer.
(..)
Não será somente por mais duzentos ou trezentos anos, mas ainda por um milhão de anos. A vida continuará como tem sido até agora. Ela não varia, é constante,s egundo suas próprias leis, que não nos dizem respeito ou, pelo menos, não conheceremos jamais. Os pássaros migratórios, as cegonhas, por exemplo, voam, voam, e sejam quais forem os pensamentos, grandes ou pequenos, errantes em suas cabeças, elas continuarão a voar, sem saber por que e para onde. Os pássaros voam e voarão, independentemente dos possíveis filósofos que surjam entre eles... e poderão filosofar à vontade, contanto que voem..."


fala de Tusenbach em AS TRÊS IRMÃS, de Anton Checov

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ora, Bola... :-)

Oy! Oy! Oy!
Mira aquella bola,
la bola,qe rebota en la cabeza de ese niño

¿Quién es ese niño?
Ese niño es mi vecino

¿Dónde vive ?
En aquella casa.

¿Dónde está la casa?
La casa esta esta en la calle.

¿Dónde esta la calle?
En la ciudad

¿Dónde es la ciudad?
Entre las montañas

¿Cuales montañas?
Montañas de los andes.

¿Y donde estan los andes?
En América del sur continente Américano
bañado por los mares en tierras del centro
de todos los planetas.

¿Y cómo es un planeta?
Un planeta es una bola
qe rebota en el cielo..