quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Pornopolítica I

Em uma frase:
Violação de painéis.
Acusado:
José Roberto Arruda, candidato ao Governo do Distrito Federal, tem grandes chances de vencer já no primeiro turno.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Boemia & Grandes Sacadas


* Crédito da foto: João Filipi Porto (Fotos estranhas sem motivo aparente, link ao lado)

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Jim


"Eu vejo-me como um ser humano sensível e inteligente, mas com um coração de palhaço que me obrigar a estragar tudo nos momentos mais importantes."

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

.sinestesia.


Fotos só em P&B.
Só fotos em P&B.
A vida é a cores

O jogo da asa da Bruxa


.eu tenho dois olhos.
.eu tenho dois pés.
.dor dos meus olhos
.vá pros meus pés
.e dos meus pés
prá dentro da terra
.
e da terra para a morte
.
.
.

Casinha.


O lugar onde eu vou morar deve ter flores,
E quem venda frutas por perto
(gosto de passar nas calçadas e sentir o cheiro das carambolas e maçãs molhadas pela água de alguma torneira por aí);
deve ter também alguns livros,
ou uma calçada com sombra onde se possa sentar e ler alguma coisa;
deve ter quem goste de música e quem goste
do silêncio;
deve ter quem ande sempre junto,
quem ligue no meio da noite pra dizer oi,
quem insista para que se diga o que está sentindo justamente quando não se quer falar.

O lugar onde eu vou morar deve ter um ar tranqüilo para contrastar
com a minha constante inconstância,
com a minha necessidade de ar
e com a vontade de parar o tempo quando o sono é tranqüilo.

O lugar onde eu vou morar deve me dar paz para este sono.

O lugar onde eu vou morar deve ser bom para receber os amigos,
os namorados,
e aquele que vêm e que passam;
o lugar onde eu vou morar deve ser perto quando eu queira
e longínquo quando o que se quer é distância.

O lugar onde eu vou morar
deve sanar todas as feridas,
deve criar laços,
e deve,

principalmente,


ser meu.

Cinco carambolas, duas maçãs e pêra.

HOJE COMPREI FRUTAS E ROUBEI FLORES
.
MAS ESTOU CERTA QUE CADA CRIME TEM SEU PERDÃO.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Livros & Escrevinhadores

Livros pra sempre:

1- O Livro do Desassossego
(Fernando Pessoa)
2- Perto do Coração Selvagem
(Clarice Lispector)
3- Antologia Poética
(Vladimir Vladimirovich Maiakóvski)
4- Veinte poemas de amor y una canción desesperada
(Pablo Neruda)
5- O Pequeno Príncipe
(Antoine de Saint-Exupèry)
.

Poetas sempre bem-vindos:
1- Carlos Drummond de Andrade
2- Ferreira Gullar
3- Mário de Sá-Carneiro
4- Fernando Pessoa
5- Castro Alves
.
Na fila de espera:
1- Nietzsche
2- Gabriel Garcia Marquez
3- Maximo Gorki
4- Marcel Proust
5- Miguel de Cervantes
.
Preparando o espírito para:
1- Jorge Luis Borges
2- Dante Alighieri
3- James Joyce
4- Karl Marx
5- Guimarães Rosa
















Mulheres:
1- Clarice Lispector
2- Lygia Fagundes Telles
3- Cora Coralina
4- Rachel de Queiroz
5- Pagu
.
Descobertas:
1- Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel
(João Ubaldo Ribeiro)
2- Cartas Chilenas
(Tomás Antonio Gonzaga)
3- Gregório de Mattos
.
Queridos:
1- José Saramago
2- Castro Alves
3- Leminsky
4- Manuel Bandeira
5- Mário Quintana
.
Saudades:
1- Mário de Andrade
2- Álvares de Azevedo
3- Érico Veríssimo
4- Machado de Assis

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Aos que disseram não

Semana passada fomos assaltadas, eu e uma colega de trabalho. Fomos assaltadas exatamente quando saíamos do trabalho, às 6h da tarde numa comercial movimentada da Asa Norte. Fomos assaltadas por um cara baixinho, com uma camiseta do flamengo (que jogaria naquele dia mesmo), que estava apavorado com o fato de estar com uma arma na mão. Cientes de que os desesperados são os que mais fazem besteira, são os que não exitam em atirar -não por serem destemidos e coisa e tal, mas por puro medo- entregamos o que ele pedira, só os celulares. Roubar celulares numa época em que eles são dados de graça!
Aquele cara tava com um medo enorme. Medo da arma. Medo talvez do que estava fazendo, mas era medo principalmente de estar com uma arma.
Aí tá: com certeza a arma não era dele, e quase-certeza que era uma das primeiras vezes -se não a primeira- que ele pegava em uma para assaltar.
Dizem que se tivesse sido proibido, o comércio de armas e munição não diminuiriam os assaltos ou mortes. Eu acredito que sim. Acredito que, pelo menos os assaltantes de primeira viagem, os medrosos e os aventureiros não teriam a oportunidade de cair nessa, ou pelo menos seria mais um fator a por-lhes medo, e evitar que aumentassem a besteira que já anda por aí.
E eu continuo sem celular.

E então, que quereis?...


Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.
.
Maiakovski(1927)